Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?
Para obter respostas a essas perguntas é preciso parar, olhar e escutar. Segundo o professor Mario Sergio Cortella, essa reflexão é elementar para que possamos pensar sobre desenvolvimento profissional.
No século V a.C., Sócrates afirmou com intensa profundidade: “Só sei que nada sei”. Evidentemente que Sócrates não era alienado. Sua intenção seria expressar que só sei que nada sei por completo, por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa vir a saber, só sei que nada sei que o outro e eu não saibamos juntos.
A humildade intelectual é indispensável para quem, mais do que repetir, deseja criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar e desenvolver-se profissionalmente.
Outro aspecto extremamente relevante e essencial nos dias atuais para que possamos crescer e desenvolver no dia a dia é ponderar no que disse Heráclito, também no século V a.C.: “A única coisa permanente é a mudança”.
Por isso, estar aberto a novos aprendizados em quaisquer das áreas de atuação, ser permeável, é sinal de inteligência e um passo decisivo para quem de fato deseja desenvolver-se. Não se render ao automático, repetindo os mesmos comportamentos e atitudes. Mas, sim, pensar de maneira nova o que vivemos e indagar sobre as razões daquilo que fazemos.
O historiador britânico Beda, do século VII, chamado pelos anglicanos e católicos de São Beda, disse algo que nos ajuda a pensar sobre o desenvolvimento permanente: “ensinar o que se sabe, ou seja, generosidade mental. Segundo: praticar o que se ensina, isto é, coerência ética. Terceiro: perguntar o que se ignora”.
Portanto, a advertência é preciosa: Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?
Dessa forma, podemos de fato assumir nossa responsabilidade pelo engajamento e aprimoramento constantes.
Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional