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Psicologia do Organizacional

Visão saudável de si mesmo!

“Quem se autoexamina resiste melhor às críticas, pois se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, e se mostra imune a eles quando a consciência o convence de estar fazendo aquilo que é o certo”

(Caio Fabio de Araújo Filho).

A visão equilibrada de si mesmo é um instrumento de libertação. É saudável, prazeroso e alegrador andar nesse desassombro mental. No trabalho, na família ou em qualquer outra dimensão da vida, independentemente do contexto em que estamos inseridos neste exato momento: num processo de avaliação, contratempo, revés, frustração, decepção etc. Quem se autoexamina se dá muito melhor na vida e continua caminhando com sabedoria, equilíbrio e paz. Segundo o professor Cortella, Mario Quintana por três vezes concorreu a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e, em todas, foi rejeitado. Como forma de recusa, gerou uma das mais brilhantes reações, produzindo um Poeminho do Contra:

“Todos esses que aí estão

Atravancando o meu caminho,

Eles passarão…

Eu passarinho”!

Deste modo, deixamos de depender da validação de outros e vivemos com mais autonomia e nitidez. Tornamo-nos imunes quando a consciência nos convence de que estamos certos e resistimos às criticas, refletimos e verificamos aquilo que tem lugar na nossa ação e na nossa vida e aquilo que não tem. De fato, é enriquecedor esse processo de autoconhecimento. Fortalece nossa autoimagem e nos proporciona um viver mais alegre e vibrante. Adquirimos coragem no enfrentamento dos desafios, aumenta nossa potência de agir e nos dá ânimo na tomada de decisão, direção e ação.

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

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Competência, inovação e carreira

“As oportunidades normalmente se apresentam disfarçadas de trabalho árduo e é por isso que muitos não as reconhecem” (Ann Landers).

Bernardinho, excepcional treinador de voleibol, disse: “quem não se qualificar para o que pretende ser, que não conhecer a fundo o que faz, tem tudo para colher mais adiante o revés e a decepção”. É notório que a competência é um processo de formação. Inovação, por sua vez, significa “fazer novo”.

Portanto, inovar não tem o sentido de criação, e sim de “tornar jovem”, “revigorar” – como dizem os marqueteiros de plantão, “se reinventar”, lembra o caríssimo professor Clóvis de Barros Filho. Já o experiente e reconhecido professor Pedro Mandelli apresenta-nos algumas pistas para que possamos refletir sobre nosso projeto de carreira. Em primeiro lugar, faz-se necessária a busca por conteúdo atualizado, reconhecido e diferenciado.

Em segundo lugar, leitura de contexto. A capacidade de aprender a ler o país, a economia, a empresa em que você está, a ler o desafio que a empresa lhe impõe ou que ela mesma se autoimpõe. É essencial ler o contexto maior, interpretar, raciocinar: “Isso não é aquilo, isso gruda aqui, isso interfere lá”.

Em terceiro lugar, outro item indispensável é domínio de palco. Saber transitar nos palcos da vida. A capacidade de falar bem, ser capaz de argumentar adequadamente, de se posicionar bem. Em quarto lugar, pensar com método, de forma estruturada. É essencial questionar, analisar:

Qual é a situação? Qual é o melhor caminho? Quer dizer, uma forma razoável de estrutura. Por fim, deve-se aproveitar as oportunidades com competência e iniciativa, se de fato ambicionamos construir uma carreira relevante e significativa.

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

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Desenvolvimento Profissional

Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?

Para obter respostas a essas perguntas é preciso parar, olhar e escutar. Segundo o professor Mario Sergio Cortella, essa reflexão é elementar para que possamos pensar sobre desenvolvimento profissional.

No século V a.C., Sócrates afirmou com intensa profundidade: “Só sei que nada sei”. Evidentemente que Sócrates não era alienado. Sua intenção seria expressar que só sei que nada sei por completo, por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa vir a saber, só sei que nada sei que o outro e eu não saibamos juntos.

A humildade intelectual é indispensável para quem, mais do que repetir, deseja criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar e desenvolver-se profissionalmente.

Outro aspecto extremamente relevante e essencial nos dias atuais para que possamos crescer e desenvolver no dia a dia é ponderar no que disse Heráclito, também no século V a.C.: “A única coisa permanente é a mudança”.

Por isso, estar aberto a novos aprendizados em quaisquer das áreas de atuação, ser permeável, é sinal de inteligência e um passo decisivo para quem de fato deseja desenvolver-se. Não se render ao automático, repetindo os mesmos comportamentos e atitudes. Mas, sim, pensar de maneira nova o que vivemos e indagar sobre as razões daquilo que fazemos.

O historiador britânico Beda, do século VII, chamado pelos anglicanos e católicos de São Beda, disse algo que nos ajuda a pensar sobre o desenvolvimento permanente: “ensinar o que se sabe, ou seja, generosidade mental. Segundo: praticar o que se ensina, isto é, coerência ética. Terceiro: perguntar o que se ignora”.

Portanto, a advertência é preciosa: Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?
Dessa forma, podemos de fato assumir nossa responsabilidade pelo engajamento e aprimoramento constantes.

 

Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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Enfrentando o medo no mundo do trabalho!

“No mundo do trabalho, o afeto dominante é o medo. Medo de não cumprir a meta, medo de perder o bônus, medo de ser mandado embora, medo de ferir o código de ética, medo do chefe, medo da concorrência, medo da crise, medo da mídia. Como viver com tanto medo?” 

Na minha visão e vivência organizacional, percebo que o medo amarra, congela e impede que as pessoas possam dar o melhor delas no mundo do trabalho. Prejudica o processo dinâmico de formação de novas competências e obscurece bastante a análise e o desenvolvimento de uma visão crítica dos fatos. Há uma imobilidade mental, ou seja, a incapacidade de se movimentar, construir algo novo, inovar; fazer o melhor.

Contudo, ao ser enfrentado, o medo dá vigor à identidade e à personalidade. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella, “coragem não é ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-lo”. Por isso, precisamos entender que o enfrentamento do medo exige reflexão, preparo e ação.

Enfrentando criticamente as situações, consideramos nossos limites e possibilidades e buscamos ultrapassar os obstáculos, explorando os elementos positivos que estão à nossa disposição.

Nas palavras de Terezinha Azerêdo Rios: “Em todo desafio há uma desconfiança, coloca-se em dúvida a possibilidade de realização de uma ação e, portanto, acena-se para o perigo”. Diante do perigo, é preciso coragem.

A filósofa Terezinha afirma ainda que o contrário de coragem é covardia. Já Cortella complementa que pusilânime é aquela pessoa acovardada, tíbia, fraca. Não fraca em relação à força física, mas na força moral; isto é, ela se acovarda perante o desafio e, em vez de fazer o que tem de ser feito, recua.

Portanto, gostaria de terminar este artigo com uma frase de Jack Welch: “Adote uma atitude positiva e espalhe-a a seu redor, nunca se deixe transformar em vítima e, pelo amor de Deus, divirta-se”.
 


Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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