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Psicologia do Organizacional

Competência, inovação e carreira

“As oportunidades normalmente se apresentam disfarçadas de trabalho árduo e é por isso que muitos não as reconhecem” (Ann Landers).

Bernardinho, excepcional treinador de voleibol, disse: “quem não se qualificar para o que pretende ser, que não conhecer a fundo o que faz, tem tudo para colher mais adiante o revés e a decepção”. É notório que a competência é um processo de formação. Inovação, por sua vez, significa “fazer novo”.

Portanto, inovar não tem o sentido de criação, e sim de “tornar jovem”, “revigorar” – como dizem os marqueteiros de plantão, “se reinventar”, lembra o caríssimo professor Clóvis de Barros Filho. Já o experiente e reconhecido professor Pedro Mandelli apresenta-nos algumas pistas para que possamos refletir sobre nosso projeto de carreira. Em primeiro lugar, faz-se necessária a busca por conteúdo atualizado, reconhecido e diferenciado.

Em segundo lugar, leitura de contexto. A capacidade de aprender a ler o país, a economia, a empresa em que você está, a ler o desafio que a empresa lhe impõe ou que ela mesma se autoimpõe. É essencial ler o contexto maior, interpretar, raciocinar: “Isso não é aquilo, isso gruda aqui, isso interfere lá”.

Em terceiro lugar, outro item indispensável é domínio de palco. Saber transitar nos palcos da vida. A capacidade de falar bem, ser capaz de argumentar adequadamente, de se posicionar bem. Em quarto lugar, pensar com método, de forma estruturada. É essencial questionar, analisar:

Qual é a situação? Qual é o melhor caminho? Quer dizer, uma forma razoável de estrutura. Por fim, deve-se aproveitar as oportunidades com competência e iniciativa, se de fato ambicionamos construir uma carreira relevante e significativa.

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

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À Procura da Felicidade

“É impossível ser feliz se você não experimentar a possibilidade de perdoar pessoas, se você não experimentar a possibilidade de ser perdoado. Portanto, a felicidade não é possível se você não tiver consciência de que tem culpa de muita coisa e de que faz muita coisa errada” (Luiz Felipe Pondé).

Na prática clínica e organizacional do dia a dia, lidando com pessoas há mais de 22 anos – e também observando minha existência –, fica evidente a procura da felicidade. Portanto, neste artigo, pretendo refletir e analisar algumas ideias extraídas da frase do ilustre professor Pondé. Em primeiro lugar, compreender o significado de perdoar, ou seja, deixar o outro nascer de novo na nossa história, sem as memórias que fizeram dele uma desagradável lembrança. Perdão é esquecer.

É o resultado da amnésia do amor, afirma o psicanalista Caio Fábio D’Araújo Filho. Em segundo lugar, a fim de se libertar da culpa de algum equívoco, conscientemente, podemos admitir e ver com clareza nossa humanidade nos relacionamentos interpessoais. Repensar a ideia de que o silêncio é a voz do perdão. Ou de que o tempo é um remédio para curar as relações: o senso comum ilude e atrapalha o desenvolvimento humano.

Concluindo, nesse caminho de reflexão e análise sobre a busca da felicidade, agir bem para viver melhor é um modo virtuoso possível pelo qual podemos considerar, afinal de contas, a felicidade é um atributo da vida!

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

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A Força da Persistência

“Sucesso é o resultado da prática constante de fundamentos e ações vencedoras. Não há nada de milagroso no processo, nem sorte envolvida. Amadores aspiram, profissionais trabalham” (Bill Russel).

Christian Barbosa, especialista em produtividade e alta performance, tem contribuído significativamente com milhares de pessoas ao tratar da possibilidade de viver com mais resultado e equilíbrio na busca por uma vida plena. Ele afirma:

“se, de fato, você quiser, vai fazer a coisa acontecer e fluir com mais naturalidade. É uma questão de ensinar seu cérebro a ter novas atitudes e respostas para seu comportamento-padrão, e isso você faz atuando de formas diferentes, exercitando-se literalmente”.

O cérebro quer que você viva em um ambiente muito repetitivo, não porque ele seja preguiçoso, mas porque essa é a sua estrutura, dizem os especialistas. Por isso, desenvolver novos hábitos é essencial para reprogramar o cérebro e ressignificar, renovar, reiventar, recriar as diferentes dimensões da vida. A zona de conforto nos torna medíocres. Portanto, tendo consciência dos mecanismos e gatilhos do nosso cérebro, podemos tomar uma decisão em nosso favor, objetivando uma vida mais significativa e equilibrada. Não há nada de milagroso no processo, nem sorte envolvida. Invista em você!

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

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Vida Significativa

“Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes” (Fernando Pessoa).

Estar de corpo e alma na ação e incluir-se em todas as nuanças e modalidades do nosso ser – esta é a tradução do professor Leandro Karnal para a ideia apresentada pelo poeta português Fernando Pessoa. Entendendo e compreendendo a importância do momento presente, para ser grande e viver significativamente, precisamos perceber claramente o que de fato nos motiva, aquilo que nos toca, aquilo que nos emociona, aquilo que nos afeta positivamente. Refletindo e avaliando cada dimensão da vida, damo-nos conta de outro aspecto extremamente relevante para vivermos com significado e integralmente em cada coisa, conforme explicou o professor Mario Sergio Cortella:

“Cansaço é quando quero dormir mais um pouco; estresse desmotivador é quando nem quero levantar. Portanto, motivar é ser sensibilizado, tocado por algo. Se for positivo, eleva; se for negativo, eu quero escapar”.

Há pessoas que passam fazendo autópsia na vida, identificando apenas aquilo que deixou de ser, afirma o filósofo Cortella. “Seja passado o passado. Tome-se outro caminho e pronto” (Miguel de Cervantes). Por isso, no dia chamado “HOJE”, põe quanto és no mínimo que fazes. Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa!

Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional

 

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Uma atitude favorável

Trabalhando como psicólogo clínico e organizacional, tive o privilégio de atender diversos profissionais e constatar algo interessante e favorável para o bem viver: a força de alguém que sabe o que quer é avassaladora!

Para reforçar a ideia e refletimos sobre a importância de uma atitude mental positiva e postura ativa, quero retomar uma frase de um homem que admiro muito, que foi Friedrich Nietzsche: “Demore o tempo que for para decidir o que você quer da vida, e depois que decidir não recue ante nenhum pretexto, porque o mundo tentará te dissuadir”. Alguém pode indagar: “Eu não tive estímulo.

Cresci num ambiente desfavorável, precário, ou seja, não tive oportunidade na vida”. Afinal, podemos considerar sim que um aspecto psicológico de paralisia subjetiva pode inviabilizar seu enfrentamento do mundo real.

Ainda assim, quem tem consciência de si e do seu passado, hoje, mesmo sem ter tido estímulo, pode tomar uma decisão favorável em seu favor para viabilizar seu enfrentamento do mundo real/concreto.

Portanto, vale a máxima: conhece-te a ti mesmo. O autoconhecimento é muito importante no processo de crescimento e desenvolvimento contínuo. O custo de tudo é o esforço. O esforço dá resultado.  Por isso, a força de alguém que sabe o que quer é avassaladora.

 

Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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É impossível enfrentar o mundo sem resiliência

“Nossa condição, sempre tão frágil. Nossa ilusão, de sempre estar no controle. A qualquer instante, o imponderável, que sempre age, na nossa ignorância. E o choque, nada mais que uma falha de expectativa” (Clovis de Barros Filho).

Lemos e refletimos sobre o mundo Bani: frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Dessa forma, damo-nos conta de que é impossível enfrentar o mundo sem resiliência. Essa capacidade de sofrer pressão e conseguir manter os objetivos.

Portanto, para que possamos encarar a realidade, sabendo que as certezas são incertas, faz-se necessário desconstruir os desejos fantasiosos de segurança e poder. Ressignificar a estratégia e refletir de fato a partir do que é verdadeiro e real. Tomar consciência, decidir e assumir esse compromisso de cuidar e cuidar-se como projeto pessoal de vida. Michel Foucault afirmou que “ocupar-se consigo não é, pois, uma simples preparação momentânea para a vida; é uma forma de vida”.

Ademais, conscientes da nossa condição; vivendo sem ilusão de estar no controle de tudo; diante do choque da realidade, fortaleceremos nossa consciência e preservaremos uma projeção positiva de si com o futuro. Transformando os possíveis danos em aprendizado e crescimento!

 

Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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Assuma o seu destino!

“É uma carga pesada para a vida aquele que considera a vida uma carga pesada.” (Provérbio árabe).

No dia 06 de agosto de 1995, por volta das 17h30, eu e o meu amigo Douglas encontramos meu pai desmaiado na oficina de carros. Ele era pintor e estava finalizando serviço no capô de um veículo. Logo que chegamos ao hospital, foi notificado que ele estava morto. Causa da morte: asfixia. Jovem, 37 anos, cheio de sonhos e planos. Deixou a esposa e 4 filhos.

Eu, na época com 12 anos, sonhava em ser jogador de futebol. O imponderável alterou e modificou os planos. Imediatamente fui trabalhar vendendo pano de prato, saco alvejado e toalha de mesa. Na ocasião, minha mãe era do lar e não tinha fonte de renda para manter a família.

Então, toda ajuda e contribuição foram necessárias para que pudéssemos nos manter e seguir adiante. “A dor existe, foi sentida, houve reação com aprendizado e dele surgiu um novo ser, mais forte e mais sábio” (Leandro Karnal).

Assumi o meu destino. Após 27 anos do fatídico agosto de 1995, hoje, aos 39 anos, protagonista e consciente de que eu sou sócio majoritário da minha existência, felizmente afirmo: ouse, crie e acredite! Você pode interferir na sua vida e reinventar sua história.

 

Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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Desenvolvimento Profissional

Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?

Para obter respostas a essas perguntas é preciso parar, olhar e escutar. Segundo o professor Mario Sergio Cortella, essa reflexão é elementar para que possamos pensar sobre desenvolvimento profissional.

No século V a.C., Sócrates afirmou com intensa profundidade: “Só sei que nada sei”. Evidentemente que Sócrates não era alienado. Sua intenção seria expressar que só sei que nada sei por completo, por inteiro, só sei que nada sei que só eu saiba, só sei que nada sei que não possa vir a saber, só sei que nada sei que o outro e eu não saibamos juntos.

A humildade intelectual é indispensável para quem, mais do que repetir, deseja criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar e desenvolver-se profissionalmente.

Outro aspecto extremamente relevante e essencial nos dias atuais para que possamos crescer e desenvolver no dia a dia é ponderar no que disse Heráclito, também no século V a.C.: “A única coisa permanente é a mudança”.

Por isso, estar aberto a novos aprendizados em quaisquer das áreas de atuação, ser permeável, é sinal de inteligência e um passo decisivo para quem de fato deseja desenvolver-se. Não se render ao automático, repetindo os mesmos comportamentos e atitudes. Mas, sim, pensar de maneira nova o que vivemos e indagar sobre as razões daquilo que fazemos.

O historiador britânico Beda, do século VII, chamado pelos anglicanos e católicos de São Beda, disse algo que nos ajuda a pensar sobre o desenvolvimento permanente: “ensinar o que se sabe, ou seja, generosidade mental. Segundo: praticar o que se ensina, isto é, coerência ética. Terceiro: perguntar o que se ignora”.

Portanto, a advertência é preciosa: Por que faço o que faço? Por que deixo de fazer? Por que faço do jeito que faço? Por que não faço como deveria?
Dessa forma, podemos de fato assumir nossa responsabilidade pelo engajamento e aprimoramento constantes.

 

Robson de Oliveira Rosa.
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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Enfrentando o medo no mundo do trabalho!

“No mundo do trabalho, o afeto dominante é o medo. Medo de não cumprir a meta, medo de perder o bônus, medo de ser mandado embora, medo de ferir o código de ética, medo do chefe, medo da concorrência, medo da crise, medo da mídia. Como viver com tanto medo?” 

Na minha visão e vivência organizacional, percebo que o medo amarra, congela e impede que as pessoas possam dar o melhor delas no mundo do trabalho. Prejudica o processo dinâmico de formação de novas competências e obscurece bastante a análise e o desenvolvimento de uma visão crítica dos fatos. Há uma imobilidade mental, ou seja, a incapacidade de se movimentar, construir algo novo, inovar; fazer o melhor.

Contudo, ao ser enfrentado, o medo dá vigor à identidade e à personalidade. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella, “coragem não é ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-lo”. Por isso, precisamos entender que o enfrentamento do medo exige reflexão, preparo e ação.

Enfrentando criticamente as situações, consideramos nossos limites e possibilidades e buscamos ultrapassar os obstáculos, explorando os elementos positivos que estão à nossa disposição.

Nas palavras de Terezinha Azerêdo Rios: “Em todo desafio há uma desconfiança, coloca-se em dúvida a possibilidade de realização de uma ação e, portanto, acena-se para o perigo”. Diante do perigo, é preciso coragem.

A filósofa Terezinha afirma ainda que o contrário de coragem é covardia. Já Cortella complementa que pusilânime é aquela pessoa acovardada, tíbia, fraca. Não fraca em relação à força física, mas na força moral; isto é, ela se acovarda perante o desafio e, em vez de fazer o que tem de ser feito, recua.

Portanto, gostaria de terminar este artigo com uma frase de Jack Welch: “Adote uma atitude positiva e espalhe-a a seu redor, nunca se deixe transformar em vítima e, pelo amor de Deus, divirta-se”.
 


Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo Clínico e Organizacional

 

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