“No mundo do trabalho, o afeto dominante é o medo. Medo de não cumprir a meta, medo de perder o bônus, medo de ser mandado embora, medo de ferir o código de ética, medo do chefe, medo da concorrência, medo da crise, medo da mídia. Como viver com tanto medo?”
Na minha visão e vivência organizacional, percebo que o medo amarra, congela e impede que as pessoas possam dar o melhor delas no mundo do trabalho. Prejudica o processo dinâmico de formação de novas competências e obscurece bastante a análise e o desenvolvimento de uma visão crítica dos fatos. Há uma imobilidade mental, ou seja, a incapacidade de se movimentar, construir algo novo, inovar; fazer o melhor.
Contudo, ao ser enfrentado, o medo dá vigor à identidade e à personalidade. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortella, “coragem não é ausência de medo, mas a capacidade de enfrentá-lo”. Por isso, precisamos entender que o enfrentamento do medo exige reflexão, preparo e ação.
Enfrentando criticamente as situações, consideramos nossos limites e possibilidades e buscamos ultrapassar os obstáculos, explorando os elementos positivos que estão à nossa disposição.
Nas palavras de Terezinha Azerêdo Rios: “Em todo desafio há uma desconfiança, coloca-se em dúvida a possibilidade de realização de uma ação e, portanto, acena-se para o perigo”. Diante do perigo, é preciso coragem.
A filósofa Terezinha afirma ainda que o contrário de coragem é covardia. Já Cortella complementa que pusilânime é aquela pessoa acovardada, tíbia, fraca. Não fraca em relação à força física, mas na força moral; isto é, ela se acovarda perante o desafio e, em vez de fazer o que tem de ser feito, recua.
Portanto, gostaria de terminar este artigo com uma frase de Jack Welch: “Adote uma atitude positiva e espalhe-a a seu redor, nunca se deixe transformar em vítima e, pelo amor de Deus, divirta-se”.
Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo Clínico e Organizacional