“Quem se autoexamina resiste melhor às críticas, pois se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, e se mostra imune a eles quando a consciência o convence de estar fazendo aquilo que é o certo”
(Caio Fabio de Araújo Filho).
A visão equilibrada de si mesmo é um instrumento de libertação. É saudável, prazeroso e alegrador andar nesse desassombro mental. No trabalho, na família ou em qualquer outra dimensão da vida, independentemente do contexto em que estamos inseridos neste exato momento: num processo de avaliação, contratempo, revés, frustração, decepção etc. Quem se autoexamina se dá muito melhor na vida e continua caminhando com sabedoria, equilíbrio e paz. Segundo o professor Cortella, Mario Quintana por três vezes concorreu a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras e, em todas, foi rejeitado. Como forma de recusa, gerou uma das mais brilhantes reações, produzindo um Poeminho do Contra:
“Todos esses que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho”!
Deste modo, deixamos de depender da validação de outros e vivemos com mais autonomia e nitidez. Tornamo-nos imunes quando a consciência nos convence de que estamos certos e resistimos às criticas, refletimos e verificamos aquilo que tem lugar na nossa ação e na nossa vida e aquilo que não tem. De fato, é enriquecedor esse processo de autoconhecimento. Fortalece nossa autoimagem e nos proporciona um viver mais alegre e vibrante. Adquirimos coragem no enfrentamento dos desafios, aumenta nossa potência de agir e nos dá ânimo na tomada de decisão, direção e ação.
Robson de Oliveira Rosa
Psicólogo clínico e organizacional